segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Laconic way of life


- Por que você está sempre sorrindo?
- Porque essa merda toda é muito engraçada.

Diálogo de Estrada Para Perdição. Filme de Sam Mendes baseado na Graphic Novel de Max Allan Collins. 2002.

domingo, 27 de setembro de 2009

Altamente Recomendável

Com o querido amigo Nelsinho Peres.

Sábados às 19:00h e Domingos às 18:00h.

Teatro Coletivo (antigo Fábrica)

Rua da Consolação, 1623

O ingresso é R$30,00, mas quem tem nome na lista paga só R$10,00.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

19 de Setembro de 2009


E se a gente estivesse num filme dos irmãos Coen, você diria: "One fucking year, baby". Eu passaria uns quatro segundos olhando para o nada disponível sob o sol tórrido e responderia: "Yeah". Isso tudo seria naquela espécie de câmera lenta que eles usam nos diálogos. Então, sem olhar nos meus olhos, você diria: "You know... I love you, baby". Instantes depois eu responderia: "I know... I love you too". E quando você arrancasse do chão um mato seco eu faria, com meus dedos, um rabisco qualquer na areia.


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ovos fritos

"Se o Clinton tivesse enrabado essa mulher, ela era bem capaz de ficar de bico calado. O Bill Clinton não é esse machão todo que dizem que ele é. Se ele vira a tal estagiária de bruços lá no Salão Oval e enfia no cu dela, nada disso acontecia."

...

"Ela estava falando com todo mundo. Ela faz parte dessa cultura babaca. Do blablablá. Dessa geração que se orgulha de ser superficial. O importante é uma performance sincera. Sincera e vazia, totalmente vazia. Aquela sinceridade que atira para todos os lados. A sinceridade que é pior que a falsidade, e a inocência que é pior que a corrupção. Por trás daquela sinceridade tem uma coisa muito predatória. E por trás de toda aquela conversa fiada. Essa linguagem que todos eles têm- em que eles parecem até acreditar, mesmo -, essa história de falta de 'amor próprio', quando no fundo eles se arrogam todos os direitos. A sem-vergonhice deles eles chamam de amor, e a crueldade eles disfarçam como perda de 'amor próprio'. "

...

"É o cu que gera a lealdade."


Philip Roth em A Marca Humana.

domingo, 13 de setembro de 2009

Dois minutos de gasolina para a meia-noite

O novo livro de contos do "infernal" Ricardo Carlaccio.

A ARTE DE ROUBAR CAVALOS NO PLAYGROUND DE DEUS

Estórias de estradas com trilha sonora de Van Morrison. Ou uma legião de perdedores que se encontram por acaso em um boteco de luzes avermelhadas e jukeboxes que tocam antigos sucessos de Belchior. Sejam eles garotos estradeiros, putas que se apaixonam por um ou outro cliente, boxeadores que perderam tudo - menos a dignidade -, ou velhos que partem para uma última visita à mulher que mais amaram em toda a vida, os personagens de Ricardo Carlaccio parecem cientes dos jogos ardilosos de Deus, mas todos tentam escapar. Seja seguindo de carona para um destino incerto ou apontando o cano do 38 para a própria cabeça, todos tentam escapar de alguma maneira.

Como suas criaturas, o criador (estou falando do escritor, não de Deus) também parece desconfortável no jogo de cartas marcadas que sempre acaba com alguém estirado atrás do balcão ou, o que é pior, sugado pela máquina de moer culhões e transformar cavalos selvagens em dóceis cordeirinhos. Se os personagens destas estórias se refugiam em velhos Mavericks e aceleram cada vez mais o motor, numa epopeia sem rumo e sem volta, é na escrita que Carlaccio encontra seu refúgio. É nesta floresta de signos que ele se embrenha, punhal em punho, para tentar cortar os cordões que prendem as marionetes. Como “aquele cara que começa inocente e vai mostrando o canivete, depois o punhal e, por fim, uma metralhadora.”

Dando de ombros às regras, às trapaças e ao olhar vigilante do dono da banca, Ricardo Carlaccio roubou a coroa do Rei de Copas, passou a mão na bunda da Rainha de Paus e levou a risca o conselho de Raul Seixas: “antes de ler o livro que o guru lhe deu, você tem que escrever o seu”. Ele já escreveu vários. E tudo indica que vai continuar escrevendo. É assim que leva seus fantasmas para um longo passeio. Nos infernos, nos inferninhos, onde os mensageiros celestiais costumam perder suas almas nas noites de sexta-feira.

Ademir Assunção



Mais informações aqui.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Para los bajos


E aqui no alto, não há celular que funcione.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Cherokee

- O problema é que eu acho que construí toda minha vida em cima de um cemitério indígena.
- Você anda vendo filmes demais.
- Provavelmente.

Ciclo



Aureliano pensava que a maturidade vinha com a idade. Casou-se com Dulcinéia, teve três filhos e venceu 687 campeonatos de ioiô fosforescente.