terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Memórias da sauna finlandesa



Desde a época que eu tinha medo do Mirisola ele já tinha espaço reservado na minha estante. E confesso que lambi um azulejo. Taí o novo livro dele, já à venda no site da Editora 34.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Mário Bortolotto




Amanhã, quinta-feira, estaremos lá no Café Aurora, a partir das 23:00, para torcer ainda mais pelo Mário e ajudar sua família com um show com Saco de Ratos, Fábrica de Animais, Velhas Virgens, e participações do Márcio Américo, do Pinduca, do Marcelo Montenegro, do Paulo de Tharso. Todos os dias temos ido ao hospital. Somos muitos. Muitos amigos, admiradores, e esse bando de loucos está fazendo de tudo, o tempo todo. E eu pude conhecer cada um deles melhor e perceber as pessoas incríveis que são. E como o Mário faz parte desse mundo particular que cada um carrega. Todos os dias.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009



Às vezes tudo fica meio P&B.
E a gente espera passar.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Para Ademir Assunção


A arte de flambar rabinos

Deixa-me permear
Pelo impermeável em ti
A pele já não descasca
Trespassa
Na esperança de osmosear
Com o poeta que eu nunca li
Nessa prisão de lucidez
Tento arrancar minha tez
Mas meus poros dilacerados
Clamam por ti logo, de vez
Ah, Ademir, não vês?

(inspirado na espectadora deslumbrada do Zona Branca)

Valeu o domingo, Pinduca!

O gênio e o biólogo



O biólogo encontrou uma lâmpada mágica. Vou dissecar, pensou. Estudou sua anatomia. É fêmea, apurou. E ansioso, a esfregou. Por entre a fumaça apareceu o gênio. Era macho. Ora, ora, não é que Darwin errou?

- O senhor tem direito a três pedidos.

O biólogo, espantado, tentou fazer um três com a mão, mas o dedão não alcançava o mindinho. Merda!

- Eu não tenho o dia inteiro.

- Dá pra ter um pouco de paciência?

- Tudo bem, mas esse foi seu primeiro pedido.

- Como assim?

- Seu primeiro pedido foi para que eu tivesse um pouco mais de paciência.

- Mas que palhaçada é essa? Fala sério.

- Seu segundo pedido. Estou falando sério. Você só tem mais um.

O biólogo, furioso, bufou, jogou a jaqueta para trás, andou em círculos, fumou três cigarros e teve a grande sacada.

- Eureca! Dividirei meu pedido único em três. Um que seja composto por 40% de algo, 30% de outro e mais 30% de ainda outro.

O gênio, já sem saco, materializou uma garrafa de Salentein tríplice e desapareceu. O biólogo serviu o vinho numa taça, o fez bailar no copo, inspirou o aroma e saboreou o primeiro gole.

- Ah... Malbec! Meu predileto.

O biólogo jamais conseguiu o emprego na vinícola.


Para Daniel Cavana.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009


E é isso. Fora do ar até Domingo.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009



Escolha uma inspiração, poeta... Já é tarde.

(Liniers, é claro)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Como matar moscas de banheiro

Assim que você reduzir a existência da mosca de banheiro a nada, pegue espuma de shampoo e lance em cima dela de uma distância de aproximadamente cinco centímetros. Imediatamente ela começa a se desintegrar e seus restos mortais descem pelo ralo. Faça uma reverência a William Golding durante o enxague.

sábado, 31 de outubro de 2009

Jorge Luis Borges





Acredito que o pesadelo tenha um sabor especial que não se parece com o horror que sentimos na vigília, e que poderia ser, bem, poderia ser uma prova de que o inferno existe, de que entrevemos algo, mais além de toda experiência humana.

(desenho de Gabriel Caprav)

sexta-feira, 30 de outubro de 2009



quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Elias Canetti




"Creio que não há nada que me deixe mais indiferente do que a mente dessa pessoa."

(sobre uma ex-namorada)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

DFW



Às vezes dou umas desaparecidas, mas há coisas que me fazem voltar. Essa é uma delas. E o Sergio me faz pensar em Sam Shepard. E eu adoro quando ele manda tudo às favas, aperta o delete. Depois ele volta e isso é ótimo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Na cabeceira

"Ali estava, se não a história completa, a imagem completa. É muito raro, neste nosso final de século, a vida nos oferecer uma visão pura e tranquila como esta: um homem solitário sentado num balde, pescando através de um buraco aberto numa camada de gelo com meio metro de espessura, numa lagoa cuja água está constantemente se renovando, no alto de uma montanha bucólica na América."

Assim termina "A Marca Humana", de Philip Roth, que gentilmente cede lugar a "Cidades da Planície", de Cormac McCarthy.

"Pararam na entrada e bateram os pés para expulsar a água de chuva das botas e sacudiram os chapéus e secaram o rosto. Na rua a chuva soava com estalo as poças de água fazendo os vermelhos e os verdes berrantes dos letreiros de néon se desgarrarem e fervilharem e a chuva dançava nas capotas de aço dos carros estacionados ao longo do meio-fio da calçada."

É onde estou agora, no que eu chamo de soul western. Este livro encerra a Trilogia da fronteira iniciada com Todos os belos cavalos e A travessia. McCarthy sempre me presenteia com um árido deserto na garganta, mesmo quando tudo está tomado pelo gelo, como no brilhante A estrada, que já virou filme (É Viggo Mortensen!). Que Billy Parham divida os holofotes com Arturo Bandini.

Adiós, vaquero.

sábado, 17 de outubro de 2009

Mais Liniers


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Robert Bresson






"Ria de uma má reputação. Tema uma boa que você não possa sustentar."

God bless our lies


Steven Soderbergh, hoje, na Folha (trechos descontínuos)

Folha: E você acreditou?
Soderbergh: Não, é claro que não. Mas quero que todo mundo minta para mim. Me faz me sentir melhor.
Folha: Vários filmes seus falam sobre mentirosos.
Soderbergh: Para haver paz, tem que haver algum tipo de mentira rolando. Caso contrário, se você falar a verdade sobre tudo, alguém vai te matar.
Folha: Você mente mais hoje ou quando começou, há 20 anos?
Soderbergh: Provavelmente mais agora porque conheço mais gente.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Como sobreviver a domingos


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A física de Philip Roth


Porque não sabemos, não é? Todo mundo sabe... Como é que as coisas acontecem do jeito que acontecem? O que está por trás da anarquia da sequência de eventos, as incertezas, os infortúnios, a incoerência, as irregularidades chocantes que definem os assuntos humanos? Ninguém sabe, professora Roux. "Todo mundo sabe" é a invocação do clichê e o início da banalização da experiência, e a seriedade e o tom de autoridade que as pessoas adotam ao repetir esse clichê é o que é mais insuportável. O que sabemos é que, ao contrário do que diz o clichê, ninguém sabe nada. Não se pode saber nada. As coisas que você sabe, você não sabe. Intenção? Motivo? Consequência? Significado? É surpreendente, quantas coisas desconhecemos. Mais surpreendente ainda é o que passa por conhecimento.

Philip Roth em A Marca Humana.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Laconic way of life


- Por que você está sempre sorrindo?
- Porque essa merda toda é muito engraçada.

Diálogo de Estrada Para Perdição. Filme de Sam Mendes baseado na Graphic Novel de Max Allan Collins. 2002.

domingo, 27 de setembro de 2009

Altamente Recomendável

Com o querido amigo Nelsinho Peres.

Sábados às 19:00h e Domingos às 18:00h.

Teatro Coletivo (antigo Fábrica)

Rua da Consolação, 1623

O ingresso é R$30,00, mas quem tem nome na lista paga só R$10,00.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

19 de Setembro de 2009


E se a gente estivesse num filme dos irmãos Coen, você diria: "One fucking year, baby". Eu passaria uns quatro segundos olhando para o nada disponível sob o sol tórrido e responderia: "Yeah". Isso tudo seria naquela espécie de câmera lenta que eles usam nos diálogos. Então, sem olhar nos meus olhos, você diria: "You know... I love you, baby". Instantes depois eu responderia: "I know... I love you too". E quando você arrancasse do chão um mato seco eu faria, com meus dedos, um rabisco qualquer na areia.


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ovos fritos

"Se o Clinton tivesse enrabado essa mulher, ela era bem capaz de ficar de bico calado. O Bill Clinton não é esse machão todo que dizem que ele é. Se ele vira a tal estagiária de bruços lá no Salão Oval e enfia no cu dela, nada disso acontecia."

...

"Ela estava falando com todo mundo. Ela faz parte dessa cultura babaca. Do blablablá. Dessa geração que se orgulha de ser superficial. O importante é uma performance sincera. Sincera e vazia, totalmente vazia. Aquela sinceridade que atira para todos os lados. A sinceridade que é pior que a falsidade, e a inocência que é pior que a corrupção. Por trás daquela sinceridade tem uma coisa muito predatória. E por trás de toda aquela conversa fiada. Essa linguagem que todos eles têm- em que eles parecem até acreditar, mesmo -, essa história de falta de 'amor próprio', quando no fundo eles se arrogam todos os direitos. A sem-vergonhice deles eles chamam de amor, e a crueldade eles disfarçam como perda de 'amor próprio'. "

...

"É o cu que gera a lealdade."


Philip Roth em A Marca Humana.

domingo, 13 de setembro de 2009

Dois minutos de gasolina para a meia-noite

O novo livro de contos do "infernal" Ricardo Carlaccio.

A ARTE DE ROUBAR CAVALOS NO PLAYGROUND DE DEUS

Estórias de estradas com trilha sonora de Van Morrison. Ou uma legião de perdedores que se encontram por acaso em um boteco de luzes avermelhadas e jukeboxes que tocam antigos sucessos de Belchior. Sejam eles garotos estradeiros, putas que se apaixonam por um ou outro cliente, boxeadores que perderam tudo - menos a dignidade -, ou velhos que partem para uma última visita à mulher que mais amaram em toda a vida, os personagens de Ricardo Carlaccio parecem cientes dos jogos ardilosos de Deus, mas todos tentam escapar. Seja seguindo de carona para um destino incerto ou apontando o cano do 38 para a própria cabeça, todos tentam escapar de alguma maneira.

Como suas criaturas, o criador (estou falando do escritor, não de Deus) também parece desconfortável no jogo de cartas marcadas que sempre acaba com alguém estirado atrás do balcão ou, o que é pior, sugado pela máquina de moer culhões e transformar cavalos selvagens em dóceis cordeirinhos. Se os personagens destas estórias se refugiam em velhos Mavericks e aceleram cada vez mais o motor, numa epopeia sem rumo e sem volta, é na escrita que Carlaccio encontra seu refúgio. É nesta floresta de signos que ele se embrenha, punhal em punho, para tentar cortar os cordões que prendem as marionetes. Como “aquele cara que começa inocente e vai mostrando o canivete, depois o punhal e, por fim, uma metralhadora.”

Dando de ombros às regras, às trapaças e ao olhar vigilante do dono da banca, Ricardo Carlaccio roubou a coroa do Rei de Copas, passou a mão na bunda da Rainha de Paus e levou a risca o conselho de Raul Seixas: “antes de ler o livro que o guru lhe deu, você tem que escrever o seu”. Ele já escreveu vários. E tudo indica que vai continuar escrevendo. É assim que leva seus fantasmas para um longo passeio. Nos infernos, nos inferninhos, onde os mensageiros celestiais costumam perder suas almas nas noites de sexta-feira.

Ademir Assunção



Mais informações aqui.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Para los bajos


E aqui no alto, não há celular que funcione.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Cherokee

- O problema é que eu acho que construí toda minha vida em cima de um cemitério indígena.
- Você anda vendo filmes demais.
- Provavelmente.

Ciclo



Aureliano pensava que a maturidade vinha com a idade. Casou-se com Dulcinéia, teve três filhos e venceu 687 campeonatos de ioiô fosforescente.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

La fiesta

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Troféu HQMIX - Prontuário 666 ganha melhor roteiro

Eu, Mojica e Samuel Casal no lançamento de Prontuário 666

O troféu HQMIX é considerado o “Oscar” dos quadrinhos e humor gráfico e reconhecido internacionalmente como o melhor prêmio da América Latina.
Foram escolhidos os melhores lançamentos e eventos de 2008 por cerca de 2.000 profissionais da área. A votação é organizada pela ACB – Associação dos Cartunistas do Brasil e do IMAG- Instituto Memorial das Artes Gráficas do Brasil.
O HQMIX foi criado em 1989 no programas “TV MIX” na TV Gazeta de São Paulo pelos cartunistas JAL e Gualberto Costa.

E lá estamos, eu e o Samuel (linkado ao lado), no meio da lista de premiados:

Roteirista Nacional
- Adriana Brunstein e Samuel Casal


Pelo roteiro do álbum Prontuário 666 - Os anos de cárcere de Zé do Caixão. Editora Conrad.


Serviço:
21º TROFÉU HQMIX
Os melhores de 2008

Data – 21 de agosto de 2009
Horário – 20h00
Local: Rua Clélia, 93 – Lapa (SP/SP)
Apresentação: Serginho Groisman e Banda
Entrada gratuita (distribuição de convites uma hora antes na portaria – lotação controlada)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Expectorante

Se eu entendesse a correlação de lacraias com tosse, eu tomaria as pílulas chinesas Takabb e pararia de expelir diariamente pedaços do meu pulmão.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Efeito Cabeção

O bom de ter um Kangoo (mais conhecido como Cabeção) é poder jogar lá dentro Paulo de Tharso, Daniel Cavana, Marcelo Mirisola, Jordão (Deus) e Mário Bortolotto e encenar A Comilança de Fellini numa mega-churrascaria (porque hoje em dia tudo é mega) na Marginal Tietê.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Lá fora


Tem dias que você torce para que a humanidade suma, por meios naturais, químicos, culposos ou dolosos, pouco importa. Infelizmente seu gênio da lâmpada está deprimido e se recusa a te atender. Então você incorpora Simão Bacamarte e fica lá, estirada no colchão, assistindo O Lutador no DVD. Um Mickey Rourke totalmente diferente daquele do You can leave your hat on. Nos instantes finais do filme, pouco antes dele, Randy "The Ram" Robinson, entrar na luta final carregando no peito uma ponte de safena, a Pam, personagem da Marisa Tomei, tenta dissuadi-lo. Ele laconicamente responde: "Lá fora podem me machucar muito mais". E você olha pela janela e vê aquela centena de pessoas 16 andares abaixo.
Eu adoro terminar a noite sob um ataque de choro.


segunda-feira, 27 de julho de 2009

Ladeira em carrinhos de supermercado

Hoje tem a leitura de Ladeira em Carrinhos de Supermercado, peça do Sergio Mello, aquele cara que costuma dissecar nossas almas com bisturi e sem morfina. Vai ser no MASP às 19:30, com Nelson Peres e Lavínia Pannunzio.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A vida desimaginada

terça-feira, 21 de julho de 2009

Um dia começamos a desimaginar

Freeze this moment
A little bit longer
Make each sensation
A little bit stronger

Make each impression
A little bit stronger
Freeze this moment
A little bit longer

The innocence slips away...
The innocence slips away...
Time stand still

Time stand still - Rush

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Macanudo

A memória de um peixinho dourado dura 30 segundos. Se um peixinho dourado fica feliz, ele acha que foi feliz a vida toda. Se um peixinho dourado sente fome, ele acha que sentiu fome a vida toda. Se um peixinho dourado está morrendo, a morte é a única vida que ele conheceu.
.
Augustus Hill em Oz.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Candy


Ela entrou no elevador e carregava um cartão postal. Eu tentei dizer a ela, ei, hoje em dia ninguém mais manda cartões postais. Mas ela ouvia Iggy Pop em seu iPod e desceu no décimo segundo andar.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Oz viciado


É. Comprei o box com a série completa. Eu sei o que isso significa. Noites em claro, aparelho de DVD pedindo arrego, crises de abstinência nas inevitáveis saídas de casa. Já foi assim com The Sopranos. Eu pensei que estava livre, mas não há cura.
Adioz
, amigos.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

CineCaminhão



Cinecaminhão e a exibição de "Olhos de Fuligem".

Fonte: O Estado de São Paulo

Sexta-Feira, 15 de Maio de 2009
Telas alternativas para quem curte um cineminha

Filmes na tenda, no caminhão e na laje reúnem apaixonados pela telona em várias regiões de SP

Edison Veiga

Para quem quer fugir do circuito comercial, não faltam opções de cinemas alternativos em São Paulo. Há desde iniciativas esporádicas, bancadas por empresas e com data para acabar, até projetos fixos com programação constante. O clima informal favorece o encontro de amigos com o interesse comum: a paixão pela sétima arte.

Parte da programação da 13ª edição do Cultura Inglesa Festival, os curta-metragens Timing (de Amir Admoni, Débora Mamber e Felipe Grytz), She´s Lost Control (de Daniel Augusto) e Olhos de Fuligem (de Denise Vieira Pinto) vêm sendo exibidos nas 34 unidades da escola de inglês em São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Desde quarta, os filmes também estão "em cartaz" em um cinecaminhão que percorre oito locais da Grande São Paulo.

Ele ficará estacionado nas sedes das ONGs Associação Meninos do Morumbi, Acer (Diadema), Projeto Vizinho Legal (favela do Jaguaré) e Paidéia Associação Cultural (em Santo Amaro); e nas escolas públicas David Zeiger (em Parelheiros), Alberto Salotti (Cidade Dutra), Johann Gutemberg (Jaçanã) e Guilherme de Almeida (Cangaíba). "Esperamos que, no total, 2 mil pessoas sejam atingidas pelo projeto", afirma o coordenador do festival, Laerte Mello. "Estamos formando uma plateia diferenciada." A programação segue até o dia 23.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Some wise jewish words

Melhor do que continuar vivendo nos corações e mentes do público é continuar vivendo no próprio apartamento.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Troféu HQMIX


categoria Roteirista Nacional - indicados

1 André Diniz ("Coleção História e Filosofia em Quadrinhos" - Escala Educacional)

2 Adriana Brunstein e Samuel Casal ("Prontuário 666" - Conrad)

3 Daniel Esteves ("Nanquim Descartável" - Independente; "Front" - Via Lettera)

4 Cadu Simões ("Nova Hélade" - Independente Garagem Hermética - Independente)

5 Fábio Lyra ("Menina Infinito" - Desiderata)

6 Fábio Moon e Gabriel Bá ("Descobrindo São Paulo" - revista Época SP)

7 José Aguiar ("Quadrinhofilia" - HQM)

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Anuário


No primeiro dia ele disse a ela que eles não combinavam.
No primeiro ano ela disse a ele que não se lembrava de como tudo havia começado.
No segundo ano ele disse a ela que iria assistir televisão.
No terceiro ano ela disse a ele que talvez não dormisse em casa.
No quarto ano choveu demais e ambos ficaram calados.
No quinto ano ele disse a ela que ela estava diferente.
No sexto ano ela disse a ele que ele tinha razão.
No sétimo ano ele disse a ela que não quis dizer aquilo.
No oitavo ano ela disse a ele que também não quis dizer aquilo.
No nono ano ele disse a ela que não sabia do que ela estava falando.
No décimo ano, quando anunciaram o fim do mundo, ela disse a ele que

sábado, 18 de abril de 2009

Aqui se fuma em paz

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Nilton, o orbital


Nilton vinha orbitando ao redor do umbigo já fazia algum tempo. A mulher se irritou e acabou saindo de casa pela tangente quando ele estava exatamente no ângulo de 47°. Ele soube que logo depois ela se casara com outro, um que virou matéria do Fantástico por ter sido, durante a gestação, alimentado via um cordão umbilical artificial. Aos 83° ele pensou em se matar, mas aos 90° ele teve a certeza de que ela voltaria. Nilton tem problemas com a gravidade.