
Assim termina "A Marca Humana", de Philip Roth, que gentilmente cede lugar a "Cidades da Planície", de Cormac McCarthy.
"Pararam na entrada e bateram os pés para expulsar a água de chuva das botas e sacudiram os chapéus e secaram o rosto. Na rua a chuva soava com estalo as poças de água fazendo os vermelhos e os verdes berrantes dos letreiros de néon se desgarrarem e fervilharem e a chuva dançava nas capotas de aço dos carros estacionados ao longo do meio-fio da calçada."
É onde estou agora, no que eu chamo de soul western. Este livro encerra a Trilogia da fronteira iniciada com Todos os belos cavalos e A travessia. McCarthy sempre me presenteia com um árido deserto na garganta, mesmo quando tudo está tomado pelo gelo, como no brilhante A estrada, que já virou filme (É Viggo Mortensen!). Que Billy Parham divida os holofotes com Arturo Bandini.
Adiós, vaquero.
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