quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

“Sou ótimo para duas coisas: catar pulgas e perder aquilo que amo.”
“Por que você troca constantemente de mulher?
A maioria das fulanas com quem saio são apresentadoras de televisão e ninguém, a menos que seja um retardado, suportaria estar com elas mais de dez minutos seguidos.”
“O que lhe desagrada nos grandes escritores deste século?
Que, com exceção de Bukowski e um servidor, todos escreveram para o século passado. A literatura lhes interessava mais do que a vida.”
“Hoje qualquer um é chamado de artista. Um mico de telenovela, uma bichinha de museu, uma puta de revista. Qualquer um que grite pode ser chamado de artista. Conheci pessoas por aí sem ofício algum e no entanto cheias de uma vitalidade extraordinária, para mim são artistas. Note-se que um escritor famoso com o tempo pode degenerar em múmia de eventos sociais ou num babaca de televisão. Já o artista não tem opção, é um fracasso à prova de eternidades.
“Um ator, cantor etc. podem ser chamados de artistas sim, mas no mesmo sentido que uma merda de cachorro também poderia.”
“Os gatos são criaturas sóbrias que na medida do possível procuram esconder a merda. Nós ao contrário abrimos livrarias, museus, cinemas e todo tipo de lugares para mostrá-la.”
“A palavra, por ser um elemento cotidiano, nos parece penetrável. E isso é um engano, a palavra é mais hermética do que a física moderna, a palavra é uma armadilha mortal.”
 Efraim Medina Reyes, no livro Era uma vez o amor mas tive que matá-lo.

Tungado do Pinduca.

2 comentários:

Jorge H Moraes disse...

Cheguei aqui via Pierre Massato e estou gostando prá caramba.
Se voc~e gostou deste livro do Efraim, procure ler o outro dele, Técnicas de masturbação de Batman e Robin. É sensacional.
Abraço,
Jorge

Adriana Brunstein disse...

Oi Jorge, se veio via Pierre já é bem-vindo! Eu li o Técnicas, é realmente sensacional.
Um beijo.