Conheci o Eduardo há uns bons anos atrás e protagonizamos sei lá quantas infindáveis conversas. Ele é sósia do Tarantino e costuma dar aquele sorriso para atendentes do Mc Donald´s só pra ganhar molho extra. É uma mistura de Rubem Fonseca, Salinger, Philip Roth e Nelson Pereira dos Santos, e em respeito a isso eu devo admitir que quando disse a ele que "claro que entendi" Mason & Dixon do Pynchon eu menti. Ele tentou com empenho me ensinar a escrever crônicas mas meus limitados genes não permitiram. O primeiro roteiro de curta que escrevi foi baseado num romance inédito dele. O filme ficou uma bosta, ao contrário do romance e do roteiro, mas o lançamento foi num finado puteiro na Avenida Pompéia e os shows de striptease salvaram o fiasco. Enfim, saiu o livro de contos dele, Tem uma coisa sobre mim que acho justo você saber, pela KindleBookBr e eu tenho mó orgulho de ter um conto inspirado numa daquelas infindáveis conversas nossas. Está disponível na Amazon.com (versão eletrônica) e na Livraria da Travessa (versão em papel). Recomendo, assino embaixo, e até perdôo o fato dele odiar Magnólia.
domingo, 29 de maio de 2011
terça-feira, 24 de maio de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
O velho balançou a cabeça para trás e para a frente. É duro o caminho do transgressor. Deus fez este mundo, mas não o fez bom para todos, não é?
Não parece que pensava muito em mim.
Sei, disse o velho. Mas onde chega o homem com suas ideias. Que mundo já viu de que gostasse mais?
Posso imaginar muito lugar melhor e muita vida melhor.
Consegue fazer existir?
Não.
Não. Um mistério. Um homem sofre para entender sua mente porque sua mente é tudo que ele tem pra entender a mente. Pode entender o coração, mas isso não quer fazer. É o certo. Melhor nem olhar ali dentro. Não é o coração de uma criatura que pende pro caminho que Deus traçou pra ela. A baixeza é encontrada na menor das criaturas, mas quando Deus criou o homem o diabo estava bem ali do lado. Uma criatura capaz de fazer qualquer coisa. Fazer uma máquina. E uma máquina pra fazer uma máquina. E mal que pode se perpetuar sozinho por mil anos, sem ninguém para cuidar dele. Acredita nisso?
Não sei.
Pode acreditar.
quinta-feira, 12 de maio de 2011
segunda-feira, 9 de maio de 2011
pensei no lugar mais distante daqui ou naquele que para o globo após 33 rotações. ontem falaram no rádio sobre os malefícios ambientais causados por bitucas de cigarro jogadas na calçada. em singapura isso de jogar bitucas de cigarro na calçada rende chibatadas. em utah o café é proibido e uma coleção de esposas compartilha o mesmo teto, como se estivessem prontas para serem eliminadas por pastilhas de inseticida que esquentam em tomadas. na austrália o lou reed lançou um CD de música para cachorros, inaudível para humanos, menos para aquele que alega ser sensitivo e confunde a melodia com apelos de espíritos perdidos. você ri quando eu falo que o acre não existe porque na wikipedia o que dizem sobre ele é cópia dos livros de geografia da quinta série. eu levo exatamente sete minutos para chegar na tua casa.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
segunda-feira, 2 de maio de 2011
uma noite regada a drinks inpirados na dinastia Tudor que acorda com um desaparecido Emmet Ray enquanto você sonha com receitas farmacêuticas para comprar frango à passarinho. um texto de alguém que luta contra o câncer lido assim que a tarde amanhece. eu te digo bom dia e acendo o último cigarro. as letras no jornal seguem um tanto embaralhadas e eu não sei te dizer como tudo acaba, você diz que precisa mandar arrumar os óculos. e quando você sai para comprar um pão de queijo e outro maço de cigarros fica tudo tão vazio que eu me tranquilizo imaginando que toda a ação está momentaneamente em Hollywood e Michael Bay faz Tom Cruise aterrisar na mansão e matar o terrorista. bem na hora da execução eu sorrio com a sua volta no barulho da porta e te digo, ele ainda está vivo. você pensa que eu falo do terrorista mas não.
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