baby, tô em ponto morto. você entende, não é? tô pegando só ladeira pra baixo que é pra nem pensar no aumento da gasolina ou no licor de qualquer porra de fruta tropical que resolveram misturar à vodka. lembra daquela passeata solitária que fiz no meio da sala a favor da ingestão de bebidas puras? pois é, baby, não mudei muito. ainda acordo com a cabeça estourando e juntando flashes da noite anterior. flashes. como se eu fosse uma espécie de godard, olha a merda. mas passa rápido porque inevitavelmente eu penso no renato russo e naquela baboseira de eduardo e mônica. é, eu continuo odiando legião urbana e josé saramago. e eu não vou tentar mudar nem uma coisa nem outra só porque os caras não estão mais por aqui. não quero aprender mais nada, seja real ou do além. se um dia eu precisar de alguma ação eu paro um policial na rua e peço uma revista. daí eu o processo por assédio sexual através de um desses advogados reprovados no exame da OAB. só pra ver o que não acontece. eu continuo a melhor espectadora da vida. eu assisto o mesmo telejornal duas vezes por dia e finjo não perceber que espancamentos e acidentes de trânsito têm pautas maiores na edição noturna. e que continuar te amando é pura preguiça de minha parte. é, baby, tô em ponto morto.
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