domingo, 31 de julho de 2011


ele ficou parado olhando para a rua como se um búfalo lhe impedisse a passagem. como se o laço que não tinha em mãos fosse curto demais. como suas pernas e aquela lembrança de bolinhos saídos do forno roubada de proust. uma vez, e isso fazia um bom tempo, enfiara um lápis nas costas de um colega de classe. pensou em, quem sabe, voltar a vê-lo e contar que havia comprado um telescópio e observara por horas a trajetória de um balão meteorológico. o búfalo mexeu por um instante a pata dianteira mas não saiu do lugar. parecia até maior.

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