"vamos tornar as coisas mais aritméticas". ela tem essa mania de colar recados indecifráveis na geladeira e arrastar os chinelos enquanto anda. de largar o fio dental mentolado em cima da torneira. "algo não me caiu bem". ela espera que eu diga alguma coisa que ela não vai ouvir. então ela alimenta os peixes e mastiga as beiradas da unha até sangrarem. me pede um band-aid, joga a embalagem vazia pela janela e observa o que ela chama de a cura suicida. os classificados que ela rasga destacam o leilão de uma cobertura duplex com vista para um lago que não existe mais.
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