quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Uma das coisas que mais me fascina é a irreversibilidade. No nível microscópio tudo é reversível, partículas não estão lá muito preocupadas com o tempo. Mas quando se juntam e formam a matéria e consequentemente nós, tolos seres humanos, a coisa muda de figura. O vaso que caiu e quebrou jamais será um vaso novamente, no máximo será um emaranhado de cacos colados. Minha tese de doutorado foi sobre esse tema. Não vasos, irreversibilidade. Uma modesta ode a Prigogine.O que é o tempo? Não faço ideia. E embora alguns tolos seres humanos compostos de partículas que teriam melhor serventia num vaso possam destruir nosso futuro, devem lamentar profundamente a impossibilidade de apagar nosso passado.

2 comentários:

TW disse...

Você defendeu tese sobre irreversibilidade? Poxa, achei que fosse sobre autômatos celulares, mas a memória nos trai com o tempo. Ou era irreversibilidade de autômatos!?

Bem, lembro da recepção após a sua defesa. Lembro que te ajudei a carregar algumas dúzias de garrafas de vinho para a festa.

A propósito, você havia prometido que doaria pra mim (na verdade, em troca de uns whiskies) alguns de seus livros (Ligget e cia). Faz tanto tempo isso. Quando eu digo que você é malvada, você nunca me leva a sério...

Onde encontro seu livro? Já foi lançado??

TW

Adriana Brunstein disse...

Isso, irreversibilidade de autômatos!Ainda tenho os livros, a gente faz a troca. Quanto ao meu, está na fase esperando alguém se dignar a publicar. Mas tá quase lá. Quer ler? Te mando em word. Manda um e-mail pra mim:dribruns@uol.com.br
Aquela festa foi boa, né?
Beijo,
Evil Dri