sexta-feira, 28 de outubro de 2011


o coração assim, espatifado no triturador da pia. foi um vacilo meu. das inúmeras vezes que você me falou cuida do que é teu eu só ouvi uma. e eu fiquei olhando aquele peixe estrebuchar no chão enquanto ouvia roxy music, shake your hair girl with your ponytail, takes me right back, when you were young. aí me pareceu que o terceiro juiz consideraria a luta encerrada e por conta disso eu seria obrigada a prestar serviços comunitários. ele tinha de fato cara de ativista do green peace e um leve cacoete no olho esquerdo. bem, eu comecei a rir, não do cacoete, nessas horas eu até sou politicamente correta, mas é que me lembrei daquela piada que você contou inúmeras vezes. e eu ouvi todas elas. eu sabia que num certo momento você se perderia e improvisaria daquele seu jeito, mudando o nome dos personagens, o cenário do segundo ato e a umidade relativa do ar. mas você mantinha o mesmo final. sempre. esse eu nunca entendi.

(Para Paula Klaus)

4 comentários:

Anônimo disse...

caralho mano to chorando e destruido como o peixe isso é amorisso não acaba
beijo felipe

Adriana Brunstein disse...

o amor é um cão dos diabos, felipe, que nem escreveu o bukowski. outro beijo.

Klaus disse...

o amor é a coisa mais absurdamente bonita e insuportável que eu já senti. mesmo sem não entender o que seja tudo isso.

e eu amo você!

Paula Klaus.

Adriana Brunstein disse...

nem me fala, tim. e também amo você!