quinta-feira, 10 de novembro de 2011


eles pararam na frente da vitrine e tocaram na mão um do outro sem querer. havia uma placa precisa-se de gerente. ele disse, talvez as coisas melhorem. ela não havia alimentado o gato ou os peixes ou fora a planta que ficara sem água. ele sonhou com charles bronson, alienígenas e uma formiga pequena demais que usava um nariz de palhaço. pensaram quase que simultaneamente num lote à venda, ela numa varanda, ele no preço do metro quadrado da grama. depois não pensaram em mais nada. ela entrou na loja, tirou o chapéu do mancebo, colocou na cabeça, pagou. quando ela saiu, ainda que lentamente, ele não a reconheceu. esperou algum tempo mas a chuva ficou forte demais e lá não vendiam galochas.

2 comentários:

Wanessa Rudmer disse...

escritora, profícua, inflamável e cheia de delicadezas. adoroti. beijos

Adriana Brunstein disse...

eu ficaria ouvindo isso por 3 horas e 45 minutos. mentira. mais. sentada com você na ponta da I2 ou em montmartre. um beijo enorme, wan.