qualquer filme de shakespeare com harry dean stanton
deus! lars von trier não. eu raramente evoco o nome divino pra fazer
um apelo, mas nesse caso, com o perdão que me cabe por direito, eu tô
gastando amém. na boa, cara, eu consegui brochar com a nicole kidman
arrastando correntes e olha que eu tentei a coisa até meu pau ficar
ionizado e começar a atrair pedaços de papel. ontem ela, a jackie,
entrou numas de orgasmo por sufocamento e pegou no armário a gravata do
meu avô. eu ri, cara. eu ri pra caralho. tava com o prendedor da
maçonaria que o velho usava. e eu me lembrei daquela história do relógio
de pulso no cu do avô do christopher walken e soltei um girl, you’ll be
a woman soon. no melhor estilo neil diamond. então não me venha com
esse papo que diamantes são os melhores amigos das mulheres. a mina
começou a quebrar tudo. espalhou cacos dos meus discos como se fossem
cristais de colesterol num diagnóstico de sífilis. não, cara, eu tô
limpo. ela que largou um número da super interessante no meu banheiro
aberta bem nessa página. ela. a maldita jackie the ripper. não dá pra
ignorar que a mina tem responsa na hora de deixar rastros. mas não vou
aliviar a do dinamarquês não. nem o algo de podre do reino dele. mesmo
que na reconstituição dos pedaços de papel tenha aparecido a fotografia
dela. agora eu tô limpando a sujeira toda e tirando coágulos do nariz.
sabe o que é mais engraçado, cara? a porra da bactéria da sífilis se
chama treponema pallidum.
publicado originalmente na revista clitoris.
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