terça-feira, 26 de junho de 2012
você sonha que afoga patos
de borracha
em banheiras de motéis
baratos
me dá bom dia com hálito
de látex
me faz uma hidromassagem com a língua
ainda seca
efeito da metade de um tarja
preta
me conta que teu cachorro engoliu
o cherokee do teu forte
apache
e que apontou um lápis
pra sentir o gosto
do grafite
que queria mesmo era ver a anita
ekberg
no papel de emanuelle
ou pendurando roupas no varal da tua vizinha
cega
você confessa
sussurra
teu tesão pelas poetas suicidas
e me pergunta se
entre as sylvias
eu seria plath
ou kristel
eu arrisco um verso tão tolo
quanto
não sou de missa
sou submissa
e facilito tua decisão
eu menti quando te disse que não queria aprender mais nada
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7 comentários:
te elogiar não é nenhuma novidade, mas que puta poema bacana, hein brunstein?
elogio teu sempre tem gosto de inédito, bruno.
CARALHO!
CA-RA-LHO!
VALEU!
VA-LEU!
tá foda demais esse
camilita!
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