tem essa coisa no sangue que se chama hemoglobina e uma língua estranha falada na mesa ao lado. tem uma impressão quase digital da tua presença e um senso analógico que não serve pra nada. porque, é sério, eu já tentei girar os ponteiros do relógio ao contrário como naquele filme com o christopher reeve. antes de ser o super homem. antes de cair do cavalo. antes de morrer. pensando bem não era esse o método dele, mas pouco importa. eu não me chamo sarah connor nem sou a porra do johnny. eu só tô arriscando aqui uma estratégia barata e nada ortodoxa pra colocar as coisas no lugar. pra fazer uma faxina naquele monte de defuntos que a gente abandonou pela sala. eu não quero mais acordar com a impressão de estar numa trincheira lá no vietnã e adquirir uma esquizofrenia por conta disso. nem ficar tramando planos sujos e mirabolantes que vão falhar assim que eu encaixar a primeira engrenagem enferrujada. eu ando é com uma saudade filha da puta da gente e querendo acertar com um estilingue o maldito pássaro dos contos de fadas que devorou todas as migalhas que me levariam, de uma vez por todas, até você.
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