sábado, 7 de abril de 2012


aí não importa mais se eu tenho uma queda por um momento spielberg quando chamo fogo fátuo de atividade paranormal. eu seco minhas lágrimas em lencinhos com ideogramas chineses e repito à exaustão o mantra que me chegou via e-mail numas de tentar passar algumas horas sem você. a gente deixou pra trás o que combinou, aquela escalada fake numa parede de academia não valia o preço e não contava com as nossas redes de segurança cheias de elasticidade. a gente quicou um bocado, não foi? e aquela sensação do estômago na garganta não era nada ruim, quer dizer, passava rápido, durava o tempo exato de eu poder me pendurar nos teus braços de novo e fingir um novo sintoma de labirintite. até que você me afastasse com cuidado e me lançasse aquele olhar de taxi driver com preço de bandeira 2. até que você fosse me desmascarando entre aqueles gestos desengonçados de arrancar o tênis de um pé com o outro. até que eu me rendesse à sua chave de perna - que se dane ken shamrock - sem pedir água. até que eu perdesse totalmente a capacidade de me distinguir de você. eu colecionaria toda tua anatomia em fascículos semanais de 9,99.

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